Somos todos iguais, ditos normais ou especiais

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Especiais somos todos nós

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

EU VOU VOLTAR EM BREVE, DIZ MARCONI

O Sr. Marconi de Araujo, fundador em abril estará voltando pra Tucuruí Ele sta em tratamento em Mnaus, mas agora esta em fase final do tratamento.

Chegou até a fazer hemodialise, mas graças a DEUS esta curado e agora aguarda sua volta a cidade que tanto ama.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

UM HERÓI CHAMADO JACK


Minhas amigas, meus amigos,leitores
Antes de mais nada, quero dizer
que é com alegria que me encontro aqui hoje. Uma espécie de alegria que eu
talvez possa definir como uma alegria densa. Porque este é, para mim, um
momento de emoção, felicidade e compromisso.
Sinto-me
realmente honrado por ter sido escolhido, pela ASSOCIAÇÃO CARAJAS DE PORTDORES
DE DEFIICIENCIA para falar sobre UM HEROI de nossos tempos, seu nome: WURENER
JAK FERREIRA FERRO ou simplesmente JACK.
O Sr. JACK foi fundador
juntamente com outros e coordenador geral da A.C.P.D, mas ele foi mais que
isso, ele foi um exemplo de dignidade, amizade, bondade, gentileza e altruísmo.
O Sr. Jack dedicou dos seus 42
anos de vida 21 a luta pelos direitos das pessoas com deficiência de nosso
município e região. Lutador incansável, não mediu esforços na luta em prol dos
menos afortunados.
DIIGNIDADE: uma vida de caráter
ilibado e ações correntes com as responsabilidades que se propôs a assumir.
AMIZADE nunca desprezou seus
amigos em suas necessidades, mas sempre esteve presente. Tinha paixão pelos
amigos e amava aqueles que o aborreciam.
BONDADE: não sabia dizer para
aqueles de dele precisam, era uma mão sempre estendida e braços abertos para
acolher o seu povo.
GENTILEZA: homem gentil, de
falar suave e palavras que confortava nas horas de angustia.
ALTRUISMO: dedicou toda sua
vida pra fazer o bem ao próximo, mesmo em detrimento de sua própria saúde.
LUTADOR: quando coordenador
geral da ACPD lutou por acessibilidade nos transportes, prédios, vias publicas
e instituições afins. Lutou para que fosse respeitado o direito ao atendimento
prioritário as pessoas com deficiência.
Um momento novo está acontecendo
na história de Tucuruí – quando, pela primeira vez, uma entidade se levantou em
defesa dos direitos dos portadores de deficiência e na sua coordenação estava o
JACK.
A história de Tucuruí se divide
em duas, antes e depois da ACPD. Antes e depois do JACK.

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ACESSIBILIDADE UM TEMA MUITO DISCUTIDO NA ATUALIDADE


Muito discutido na atualidade é o tema de acessibilidade aos cadeirantes. A Lei n 19/12/2000, nos traz os aspectos gerais sobre a regulamentação do direito de transição as pessoas com necessidades, como a porcentagem de vagas de estacionamentos em locais públicos e privados, 2%, o número de sanitários adaptados, entre outros.


Vários discursos de defesa chegam até nós, sejam eles políticos, informativos ou de cunho social, a questão é: criar vagas nos estacionamentos, implantar rebaixamento nas calçadas, significa que há um respeito às limitações físicas de pessoas com deficiência? Ou, é mais uma questão de distanciamento entre teoria e prática?


Pensamos que, a conquista pela garantia de um espaço social onde não haja exclusão a essas pessoas foi, em partes, contemplada. É comum encontrarmos vagas em estacionamentos de supermercados, bancos e avenidas, assim como declives na estrutura de prédios e instalações. O que nos intriga é a conscientização da sociedade de que estes "lugares" devem ser respeitados e resguardados a quem realmente necessita deles.


Talvez a maioria ainda vê o deficiente físico com uma visão piedosa e não respeitosa, como o devia ser. O que falta, nestes casos, é colocar-se no lugar destes indivíduos e conhecer a real rotina destas pessoas.


Visto que isso ajudaria, inclusive, no caso de nos tornar-mos vítimas desta mesma realidade, o que está sujeito a todos nós, já que vivemos em uma sociedade violenta, com altos índices de acidentes no trânsito e crescentes registros de atentados armados.


Como conhecimento de causa, conversamos com um jovem cadeirante, que foi vitima de acidente de motocicleta e teve de adaptar-se a uma nova vida. Atualmente, suas limitações estão conciliadas com a vida social de um rapaz de 24 anos, que está no mercado de trabalho, cursa uma faculdade e tem uma vida social ativa. Mas para conseguir esta realidade, nosso amigo teve que brigar pelo respeito e reconhecimento de seu lugar na sociedade.


O que identificamos, foi que apesar de haverem espaços físicos adequados a cadeirantes, os mesmos nem sempre são respeitados. De acordo com o relato, seria comum chegar a um banco, e encontrar seu "lugar reservado" ocupado por um carro de alguém que talvez estivesse apressado demais para dispensar aquela vaga e estacionar um pouco a frente. O mesmo acontecia nas entradas com declives, comum estarem bloqueadas por objetos e/ou pessoas por simples descuido ou desconsideração.


A alternativa encontrada por nosso amigo, foi recorrer a um meio de comunicação local e apelar para que suas vagas asseguradas pela lei fossem também asseguradas pela sociedade. Foi necessário expor-se, mais do que já o é um indivíduo com necessidades, e novamente "lutar" por seu lugar ao sol, para mostrar aos habitantes daquela cidade, que nela há cadeirantes que precisam utilizar das vagas, destinadas a eles, irônico isso.


A questão levantada é preocupante. O indivíduo se encontra em situação especial, luta todos os dias com os fantasmas das desigualdades e das limitações, e quando, o que infelizmente não se aplica a todos os casos, se torna forte o suficiente para levar em frente uma vida social ativa, tem ainda que impor-se, para fazer valer as leis que o beneficiam.


Em resumo, há a lei, há a consciência delas e até mesmo o reconhecimento e o apreço por estes indivíduos. O que falta é tornar prático o discurso de acessibilidade como direito a todos os seres humanos.